As amêndoas doces, têm inúmeros formatos, cores ou sabores. Na sua maioria, assemelham-se ao formato de ovo, que simboliza o nascimento/renascimento, associado também à primavera.
As amêndoas são muito apreciadas sobretudo pelos mais novos, que trocam brincadeiras e jogos, em que o vencedor é recompensado com amêndoas ou torrões de açúcar, o balamento.
O jogo tradicional da época da Páscoa, decorre nos Açores e na Madeira, num período limitado de dias durante a Quaresma, no qual cada participante procura ser o primeiro a dizer a palavra "balamento" aquando do encontro diário com o(s) adversário(s) em determinado local.
A receita que partilho, são amêndoas caramelizadas com açúcar, para fazer lembrar os torrões de açúcar e as amêndoas por sua vez.
Este tipo de receita é também muito apreciada no Natal.
Ingredientes
200 g de amêndoas com casca
200 g de açúcar
200 ml de água
1 colher (sopa) de farinha de alfarroba
3 colheres (sopa) de coco ralado
Preparação
Junte todos os ingredientes numa panela antiaderente em fogo médio, e deixe que comece a ferver. Durante o processo da cozedura, mexa para que o açúcar não solidifique nas laterais, ou queime.
Continue misturando com uma colher, para que as amêndoas não grudem umas nas outras. A água irá evaporar aos poucos, e o açúcar irá virar caramelo. Quando estiver quase no ponto, vai reparar que o açúcar começa a querer solidicar, e a soltar-se do fundo. Transfira as amêndoas para papel vegetal rapidamente.
Espalhe e separe-as enquanto ainda estão mornas, com a ajuda de uma colher.
Deixe arrefecer, sirva, ou guarde em frascos herméticos, ou latas.
As Rubricas semanais na Cozinha de Sentidos, começaram no mês de fevereiro de 2018, e são transmitidas na RTP Açores no Programa Açores Hoje.
As rubricas são transmitidas todas as sextas feiras entre 17 horas e 18:30 horas.
Ainda poderão ver as rubricas no Facebook do Açores Hoje, ou na RTP Play – Açores Hoje.
O projeto conta com algumas parcerias, nomeadamente os Pés Verdes, casa de chá e alojamento local, sito em São Roque, onde as gravações são feitas.
No que toca aos produtos e utensílios utilizados na execução das receitas, o APL – António Pereira da Luz, que se situa na Povoação, a Bioforma Açores sito em Ponta Delgada na Rua do Castilho, e da Loja da Água by Ribablue de Portugal continental. Ambos conceituados no que toca à certificação de produtos de qualidade e biológicos.
O projeto ainda pretende despertar os telespetadores ao vegetarianismo, transmitindo receitas fáceis, conscientes e acessíveis a todas as pessoas.
A desmistificação de alguns tabus também são um ponto de referência nas rubricas, nomeadamente, no transmitir que é fácil e acessível implementar mais opções vegetarianas no dia a dia, e que não é caro.
O Azores Lifestyle é um recente blogue dedicado ao que de melhor se pode fazer nos Açores.
Sentir, visitar, degustar, ir... Os eventos de São Miguel, as personalidades, os hits, do pop ao alternativo, o blogue aborda vários temas e assuntos, com uma grande versatilidade.
A Cozinha de Sentidos foi destaque por 2 vezes no blogue que é gerido pelo jovem Telmo Ferreira.
Poderão ver 1 das publicações no link disponível em baixo.
Deixo-vos esta referência com assinatura cultural, a qual podem ter como referência, para saberem quais os eventos que irão decorrer em São Miguel e não só.
Da minha parte, e por parte do projeto, endereço o meu muito obrigado ao Azores Lifestyle.
Fazer pickles, é um dos métodos antigos de conservação de vegetais e frutas, de forma a que não se estraguem. Esse processo consiste em juntar líquidos salgados ou ácidos, como os vinagres, que cozem os os legumes e frutas naturalmente, evitando assim, a formação de bactérias.
Esta receita é inspirada no queijo grego, o Feta. Decidi transformar o meu tofu em pickles, assim, posso ter uma opção 100 % vegetal ao Feta, com a mesma consistência para dar sabor extra às minhas saladas, que já se fazem apetecer neste ínicio de primavera.
Ingredientes
Para os pickles
200 g de tofu firme
250 ml de água
150 ml de vinagre de cidra
1/4 colher (sopa) de açúcar
Pitada de sal
Para o azeite
Azeite suficiente para encher o frasco que usar
2 dentes de alho esmagados com casca
1 raminho de tomilho
1 raminho de alecrim
Piripiri seco
Preparação
Comece por esterilizar o frasco (e a sua tampa), onde irá fazer os pickles de tofu. Para isso coloque o frasco em água a ferver no mínimo de 10 minutos. Basta ferver a água, apagar, e deixar o frasco.
Enquanto isso, leve ao lume a água e o vinagre, com o sal e o açúcar. Deixe levantar fervura. Corte o tofu em cubos. Retire o frasco da água que já arrefeceu um pouco, e encha-o com os cubos de tofu. Verta o líquido que esteve ao lume, até que tudo esteja coberto.
Deixe repousar cerca de uma semana, dado que o tofu já está “cozido”. É mesmo só para ganhar alguma acidez lentamente, no processo de curtume.
Nota: Cuidado com as diferenças bruscas de temperatura ao encher os frascos, como o quente direto no frio, ou vice-versa, dessa forma partem.
Para o azeite
Basta levar o azeite ao lume até ficar morno, adicionar o alho e as ervas e deixar arrefecer. Desta forma, os aromas libertam-se no azeite de forma rápida e eficaz.
A finalizar, retire o tofu do curtume, e deixe-o em cima de um guardanapo de papel até que limpe e seque o frasco. Volte a colocar o tofu no frasco, cubra-o com o azeite aromatizado e tape. Reserve por 1 dia.
Após esse período poderá consumir este pickle de tofu em azeite aromatizado.
Use o azeite em pratos, ou mesmo para temperar as saladas. É ótimo uma vez que já tem sabor da infusão do alho e das ervas.
Caso não queira colocar o tofu no azeite, pode saltar este passo, para isso basta deixa-lo no frigorífico no curtume, até que o consuma.
Para quem não conhece este alimento, chucrute é basicamente repolho fermentado, e é um poderoso probiótico. Normalmente é usado repolho branco e podem-se adicionar também outros legumes em menor quantidade, como a cenoura.
O processo que transforma um simples repolho num poderoso probiótico é a lacto-fermentação. Apesar de ter o termo "lacto" no nome, não tem nada a ver com laticínios, mas sim com bactérias Lactobacilos, criadas neste caso através de fermentação de vegetais com sal.
O chucrute é rico em fibras, vitaminas e minerais. Seus probióticos também ajudam o corpo a absorver esses nutrientes mais facilmente.
Alguns benefícios: melhora a sua digestão, aumenta o seu sistema imunitário, pode ajudá-lo a perder peso. Existem estudos a comprovar que também ajuda a reduzir o stresse e a manter a saúde do cérebro. Outros estudos afirmam que o consumo de chucrute, pode reduzir o risco de certos cancros, pode promover a saúde do coração, e contribui para ossos mais fortes.
Este é um prato com influência Asiática, vindo do 2º país mais populoso, a Índia. A sua história é riquíssima, com uma herança gastronómica vasta.
A história das especiarias naEuropa ficará para sempre ligada à história do mundo, como responsável por novas rotas terrestres e marítimas. Bem sabemos que muitas das especiarias, condimentos e ervas aromáticas que conhecemos hoje, são de origem Indiana, e foram trazidas para os restantes Continentes, e de influênciaram a nossa herança gastronomica e não só.
Em termos gastronómicos, os pratos Indianos são coloridos e vibrantes, extremamente aromáticos e condimentados por especiarias, ervas aromáticas e condimentos de alta qualidade.
Confesso que sou um apaixonado por especiarias, e sempre que me oferecem alguma diferente, essa torna-se um foco de inspiração para novas receitas.
O pão chapati, é uma espécie de pão Árabe rápido e fácil de preparar. É um pão saudável, e não leve fermento. É muito usado na gastronomia Indiana a acompanhar diversos pratos.
Viaje com este prato, e descubra um pouco da cultura gastronómica apaixonante e aromática, que a Índia possuí.
Ingredientes:
(Caril)
400 g de grão de bico cozido
2 colheres (sopa) de caril
1 colher (chá) de pimenta preta
1 colher (chá) de cúrcuma
1 cebola
2 dentes de alho
1 tomates picados sem sementes
400 ml de leite de coco
2 colheres de sopa de azeite ou óleo de coco
Coentros frescos q.b.
1 Piripiri fresco ou seco (opcional)
Arroz Basmati (acompanhamento)
Ingredientes:
(Pão chapati)
240 g de farinha sem fermento
2 colheres de sopa de azeite
Pitada de sal
100 ml de água À temperatura ambiente
Preparação do caril e do arroz Basmati:
Comece por preparar o arroz basmati. Refogue o alho ligeiramente com fio de azeite e sal. Adicione o arroz, mexa-o por vezes, e deixe que frite um pouco no azeite.
Adicione 2 medidas de água para 1 de arroz, ese necessitar tempere com sal novamente. Tape e deixe que o arroz coza em lume médio/baixo até que o arroz absorva a água toda. Desligue e mantenha o tacho tapado.
Para o caril, comece por refogar a cebola e o alho levemente com o óleo de coco ou com o azeite. Quando a cebola começar a ficar amolecida, adicione o tomate picado sem as sementes, e deixe-o refogar até que comece amolecer.
Adicione as especiarias e deixe que cozinhem por 2 minutos, para que libertem os seus aromas e sabores.
Adicione o leite de coco, e junte coentros picados, envolva e deixe reduzir um pouco.
Adicione o grão-de-bico cozido, envolva-o ao molho para que absorva sabor a caril. Deixe cozinhar 5 a 7 minutos para apurar o tempero, adicione mais coentros frescose desligue o lume.
Preparação do pão chapati:
Comece por juntar o azeite à farinha com a pitada de sal e envolva com a ponta dos dedos.
Aos poucos vá adicionando a água à farinha e envolva com as mãos até que resulte numa massa bastante elástica, e que não se pegue nas mãos. Para isso deverá amassar um pouco para a massa ganhar elasticidade do glúten.
Corte pequenos pedaços de massa, e com a ajuda de um rolo de massa estique-os até que fiquem com cerca de 2 a 3 mm de expessura, e com o diâmetro de 10 a 15 cm.
Coloque a massa sobre uma frigideira quente e deixe que a massa cozinhe de cada lado até dourar, e surjam algumas bolhas de ar durante o cozimento.
Para servir: Emprate o caril com o arroz basmati, e se quiser, pode por pedacinhos de piripiri e coentros picados por cima.
Pode também usar o pão como uma espécie de tortilha, e colocar como recheio o caril e o arroz.
Um prato que apela aos nossos sentidos, sem dúvida!
Uma mousse de chocolate alternativa e com “sentido”, por ser diferente às comuns, e por “honrar” os produtos regionais, neste caso o ananás que foi adquirido na loja d’ O Príncipe dos Queijos em Ponta Delgada.
Esta mousse de chocolate, é feita a partir do aquafaba, água da cozedura do grão de bico, um ingrediente totalmente “improvável”.
Aquafaba deriva do latim, Aqua significa água, e faba, significa grão ou feijão.
O aquafaba quando batido como se fazem às claras, atinge o ponto em castelo, e dá a consistência perfeita a mousses, merengues, gelados ou cremes. Também faz suspiros, leves e saborosos.
Uma dica importante. Se querem o aquafaba com menos teor de sódio (sal) deve cozer o grão de bico em casa sem adição de sal, e deixar que arrefeça totalmente na água da sua cosedura, de forma a que a água ganhe alguma “viscosidade” necessária para atingirmos o ponto de castelo.
Aproveite os benefícios do chocolate preto 70 % cacau. Tem menos quantidade de açúcar, e quando consumido com moderação, ajuda-nos na saúde cardiovascular.
Ingredientes - Dose 3 pessoas
120 gr. de chocolate preto 70% cacau
150 ml de (aquafaba) água resultante da cozedura do grão de bico
Algumas gotas de vinagre balsâmico
1 colher de café de essência de baunilha
200 gr. de Ananás dos Açores
50 gr. de açúcar amarelo
25 ml de água
Instruções
Comece por cortar o chocolate em pedaços mais pequenos e derreter lentamente em banho-maria.
Junte ao aquafaba, o vinagre e a essência de baunilha. Bata com a batedeira até que resulte em uma espécie de "claras em castelo". O tempo pode variar com a potência da batedeira.
Quando o chocolate estiver derretido juntar ¼ ao aquafaba em castelo e envolver muito bem no chocolate.
Transferir todo o chocolate para a taça onde esta o aquafaba e envolver tudo muito bem de forma gradual, até estar homogéneo.
Leve o açúcar com a água ao lume até que o açúcar derreta. Junte o ananás cortado em pedacinhos, e deixe-o cozinhar um pouco, até que o açúcar se transforme numa calda leve.
Colocar a "calda" de ananás no fundo de taças ou frascos individuais, cobrir com a mousse de chocolate. Sobrepor com alguns pedaços de ananás.
Levar ao frigorífico pelo menos 4 horas, antes de servir.
Podem tornar esta sobremesa ainda mais saudável, usando apenas a fruta sem adição de açúcares, mas como o ananás nesta altura do ano está mais ácido, achei necessário. Podem também usar morangos, manga por exemplo, entre outras.
Aproveitem unicamente a adição de açúcar do chocolate 70 % cacau, e os açúcares da fruta usada de forma natural.
Mas atenção, é uma sobremesa, deve ser consumida com moderação, embora mais saudável.