Ao criar esta receita, recebi imensas mensagens a questionar-me o que é o okara. Na sua difinição, o okara não é mais que a sobra resultante do feijão de soja, quando o trituramos com água para fazer a bebida de soja. A polpa que sobra depois de separarmos o liquido do sólido, é o okara.
Assim, damos forma e sabor a este belíssimo ingrediente sem necessidade de o descartarmos, dado que é muito nutritivo. E como nada se perde, e tudo se transforma, fiquem com a minha sugestão de pasteis de okara, que são a minha nova tentação, de tão bons que são.
Podem ver a preparação do tofu caseiro neste link, que está no meu canal, e podem ver também como chego ao okara.
Para facilitar o meu processo de trituração eu utilizo o utencilo Chufamix, que podem encontrar aqui Chufamix.
Podem também fazer com o método tradicional, com um pano ou coador.
Comece por demolhar o feijão de soja no mínimo de 8 horas, para que hidrate o suficiente. Aconcelho a utilização de soja biológica.
Depois de ter o feijão de soja demolhado, comece a preparar a bebida de soja. Triture bem e separe o sólido do líquido. Se pretender fazer a bebida de soja deverá ferver o liquido, aromatizar e adoçar confome o seu gosto pessoal. Se quiser fazer o tofu caseiro, siga então as indicações do vídeo do link em cima disponibilizado.
Caso não queira fazer a bebida, pode também triturar o feijão de soja muito bem, até resultar uma polpa, e usar.
Agora que temos a polpa do feijão de soja, o okara, vamos fazer os pastéis.
Junte todos os ingredientes num processador de alimentos, com a excepção dos focos de aveia. Processe até que tudo fique bem combinado, e verta para um alguidar.
Junte aos poucos os flocos de aveia, e vá amassando com as mãos até que esteja bem envolvido. Retifique o sal, e os temperos se assim desejar.
Tenha em atenção que o seu okara poderá estar mais molhado que o meu, se sim, e se achar a mistura um pouco mole, junte mais flocos de aveia. A consistência é moldável e solta-se das mãos fácilmente. Deixe descansar 10 minutos, para que a aveia absorva ainda mais o liquido e fique com melhor ligação entre os elementos.
Dê o formato de pastéis à massa que fez, e leve a assar em fio de azeite ao forno pré-aquecido a 180 ºC por 30 minutos, virando ao meio do tempo. Caso prefira pode também fritar.
Eu servi num wrap com salada a gosto, e coloquei um pouco de maionese vegana de alho e ervas aromátivas. Veja a receita em baixo.
Para a maionese
Comece por juntar a farinha de linhaça à bebida de soja até que fique um pouco gelatinosa.
Após ter a bebida de soja gelatinosa, basta adicionar todos os ingredientes num copo medidor, e com a varinha mágica triturar tudo até que resulte num creme cremoso.
Não triture em demasia, porque pode talhar a sua maionese.
Reserve no frigorifico, 3 dias no máximo.
Coloque só um bocadinho de maionese. Não exagere porque é uma gordura. Ou use outro molho do seu agrado.
Esta é mais uma receita partilhada como sugestão para o dia dos namorados.
Inspirei-me na cor verde das favas e no seu sabor, que eu adoro. O topping de cogumelos shimeji combinem muito bem nesta entrada, e surpreendem qualquer pessoa à mesa. Aos mais cépticos, não digam que a esmagada é feita de favas, e depois contem-me quais foram as reações.
É uma otima alternativa proteica e nutritiva para os lanches também, e sempre podem remover a maionese, explico como mais em baixo na receita.
Feliz dia dos namorados a todos/as.
Ingredientes
400 gr de favas frescas cozidas e descascadas
2 dentes de alho cozido
2 a 3 colheres de sopa de maionese vegetal (opcional)
2 colheres de sopa de azeite
Pimenta preta e sal q.b.
Sumo de limão q.b.
Salsa ou coentros frescos q.b.
2 colheres de sopa de sementes a gosto (abóbora, papoila, sésamo por exemplo)
1 dente de alho picado
Cogumelos shimeji (ou outro tipo)
Crispy de cacau (ou outra opção)
Instruções
Comece por cozer as favas com o alho durante 7 minutos. Após cozidas, escorra as favas e passam-se por água fria para parar a sua cozedura e de igual modo, para que se mantenha a sua cor verde.
De seguida esmague as favas e o alho grosseiramente, acrescenta-se a maionese vegetal, a pimenta preta e o sal. Envolva tudo bem e reserve.
Corte os cogumelos shimeji e o dente de alho com corte pequeno, e leve-os a refogar em fio de azeite. Quando estiverem ligeiramente refogados, tempere com sal, pimenta e a preta.
Junte as ervas frescas, e refresque com sumo de limão.
Finalize com sementes e ervas frescas para decorar e enriquecer em termos nutricionais.
Nota: para servir, basta colocar esmagada de favas sobre pão, torradas ou galetes de arroz ou milho, com salteado de cogumelos como topping.
Caso não queira utilizar a maionse vegetal, pode saltear as favas com algo e especiarias, e depois esmagar. Isto fará que ganhem algum sabor.
Eu usei crispy de cacau sem glúten, para dar um toque especial. Aqui em São Miguel, encontrei na Bioforma Açores. Mas podem substituir por outro elemento que gostem.
Mais uma receita dedicada ao dia 14 de fevereiro, o dia dos namorados.
Desta vez um doce feito a partir da beterraba, que lhe confere esta cor vermelha vibrante.
O bolo é húmido e agradável de sabor, mas caso em casa exista alguém que não goste tanto deste superalimento, cheio de antioxidantes e ferro, reduza 50 g da quantidade crua antes de liquidificar. Além disto a receita é 100 % vegetal, não sendo necessário a adição de ovos, ou outros derivados, como o leite de vaca a manteiga ou o mel.
Apaixone-se com esta sugestão e faça alguém feliz, com este presente à mesa. Os pequenos detalhes, de forma consistente, fazem despertar bons sentimentos e emoções de forma concisa.
A maior dificuldade talvez resida no merengue, mas têm o meu apoio, e caso precisem enviem mensagem a pedir ajuda. Eu sei que conseguem, só vos quero dar confiança.
Desejo-vos uma vida repleta de muita satisfação e amor!
Ingredientes
Bolo
200 g de beterraba raspada (usei Azores fresh)
100 ml de bebida vegetal
50 ml de sumo de limão
60 ml de óleo vegetal
240 g de farinha de trigo biológica ou comum
1 colher de chá de fermento
2 colheres de farinha de linhaça
200 g de açúcar de coco ou outro
1 colher de chá de extrato de baunilha
Ganache
200 g de chocolate negro sem derivados 70 % no mínimo
200 ml de bebida vegetal
Merengue vegetal
250 ml Aquafaba (liquido da cozedura do grão de bico)
100 g de açúcar
Algumas gotas de limão
Instruções (Bolo)
Junte a beterraba a farinha de linhaça e os líquidos no liquidificador, e triture-os até obter um creme homogéneo e reserve.
Peneire a farinha numa tigela, e junte o açúcar e o fermento. Acrescente o batido de beterrabae envolva muito bem, até que resulte num creme vermelho.
Unte forminhas individuais ou uma forma de bolo pequena com creme vegetal e farinha, e verta a massa do bolo para o seu interior.
Leve a cozer em forno pré-aquecido a 180 C º, por aproximadamente 25 a 30 minutos, ou até o palito sair limpo.
Coloque um recipiente com água quente no forno, isso ajudará a manter o bolo húmido e que fixe melhor o vermelho da beterraba.
Ganache
Pique o chocolate em pedacinhos pequenos e reserve.
Aqueça a bebida vegetal até levantar fervura e acrescente o chocolate picado. Mexa sem parar fora do lume para o chocolate derreter com a temperatura residual da bebida vegetal.
Quanto mais mexer, mais brilhante ficará a sua ganache.
Merengue
Comece por levantar fervura ao aquafaba até reduzir de 250 para 150 ml, depois de reduzido, deixe arrefecer bem.
Ao aquafaba frio junte o extrato de baunilha e algumas gotas de sumo de limão,e com a ajuda de uma batedeira, bata o aquafaba em castelo até conseguir picos firmes.
Aos poucos vá acrescentando o açúcar com a batedeira em funcionamento, até que tenha conseguido um merengue bem brilhante e espesso.
Nota: Enquanto preparo o bolo, eu aproveito para reduzir o aquafaba, desta forma arrefece atempadamente.
Montagem
Após ter todos os elementos prontos, coloque ganache de chocolate no fundo da tachinha e faça uma base circular.
Coloque o bolo de beterraba em cima da ganache e decore por cima com um pouco de ganache e deixe escorrer como vê na foto.
Finalize com merengue de aquafaba por cima, utilizando um saco de pasteleiro próprio para o efeito que vêm na foto. Caso tenha um maçarico, queime o merengue para ficar com um aspeto mais gourmet e apelativo.
Esta é uma das receitas que criei para o dia dos namorados, oferecendo aos seguidores do meu blogue e página de Facebook, uma alternativa diferente e de origem vegetal para aprimorar a sua noite romântica.
Eu já namorava esta receita no meu pensamento faz algum tempo, e desta vez eu confesso, estou mesmo “in love” com o resultado, e cá em casa será uma receita que farei imensas vezes.
É um prato com sabor a mar, saudável com texturas apelativas. Os cogumelos e as algas kombu além de serem muito nutritivos, trazem estas texturas e são a nossa fonte de proteína também.
Deixem-se enamorar com esta receita, entre os seus aromas, sabores e texturas!
Ingredientes
200 g de arroz para risoto ou outro
2 medida de água à quantidade de arroz (para cozer o arroz)
1 dente de alho
1 cebola pequena
15 g de alga Kombu secas
2 folhas de alga nori (de sushi)
200 g de cogumelos, usei shitake (use frescos ou desidratados que faz toda a diferença)
Coentros frescos
50 ml de vinho branco com alguma qualidade
Azeite, pimenta preta e sal q.b.
Sumo de limão + um pouco da casca de limão
Piripiri fresco
Instruções
Comece por hidratar as algas kombu e os cogumelos shitake, caso utilize estes cogumelos desidratados. Aqueça água e deixe-os de molho por 30 minutos com o recipiente coberto para não perder demasiado calor e vapor. Escorra após esse período e estão aptos a serem utilizados. Caso não encontre estes cogumelos, utilize outro tipo de cogumelos frescos que goste.
Pique as algas kombu em pedaços bem como as algas nori, que são o nosso elemento especial do arroz marinho. Ambas as algas, irão trazer o sabor a mar ao prato. Reserve.
Comece o refogado. Pique a cebola e o alho, e leve-os a refogar em fio de azeite até que a cebola fique translucida. Adicione os cogumelos, as algas e um pedaço de casca de limão sem a parte branca. Junte um pouco de sumo de limão, tempere com pimenta preta e sal, e deixe refogar mais 2 minutos.
Adicione um pouco de coentros frescos para começar a aromatizar o prato. De igual modo junte o vinho branco, e baixe o lume para que o vinho evapore um pouco e perca o álcool também.
Após reduzir o vinho adicione o arroz previamente lavado, e envolva muito bem ao refogado com algas e cogumelos. Adicione a água, tempere com sal do seu agrado e deixe cozinhar até que a água seja absorvida pelo arroz e coza.
A finalizar, coloque coentros frescos por cima, e um pouco de piripiri fresco para apimentar a sua noite de namorados.
Como chegamos à altura das castanhas, partilho esta sugestão doce com este fruto nobre que é tão apreciado.
Este pudim de castanhas é vegano e sem glúten, uma ótima opção para quem tem alergias aos derivados de leite e ao ovo.
Deverá usar uma forma de furo própria para fazer pudins, com capacidade até 1 kg para esta receita. Caso pretenda pode duplicar a receita e usar uma forma maior.
Ingredientes para a calda
75 ml de água
150 g de açúcar
Ingredientes para o pudim
250 g de açúcar
500 ml de bebida de aveia (outra)
1 pau de canela
Um pedacinho pequeno de casca de limão
2 colheres de sopa de amido de milho
1 e ½ g. de agar-agar em pó (cuidado no pesar)
1 colher de chá de essência de baunilha ou similar
200 g de castanhas cozidas
Instruções
Comece por preparar o caramelo para caramelizar a forma. Coloque o açúcar e a água numa panela e leve o açúcar a derreter até que forme um caramelo dourado, cuidado para não o queimar. Despeje o caramelo ainda quente para uma forma e distribua-o nas laterias para ficarem cobertas de caramelo.
Para preparar o pudim misture metade da bebida vegetal com o amido de milho e o agar-agar e reserve.
Na outra metade da bebida junte as castanhas e triture bem com a varinha mágica até que se dissolvam bem. Junte o açúcar, a essência da baunilha, a canela e a casca de limão, e leve ao lume até levantar fervura.
Quando começar a ferver baixe o lume e acrescente a bebida de aveia com o amido de milho e o agar-agar. Aguarde até que ferva novamente por 2 minutos. Desligue o lume e remova a canela e a casca de limão.
Verta o creme ainda quente na forma caramelizada, e caso tenha uma forma com tampa deverá tapar o pudim. Caso não tenha cubra a sua forma com papel de alumínio e deixe arrefecer até ficar à temperatura ambiente. Depois de estar frio leve ao frigorifico pelo menos 5 horas. Aconselho a não desenformar antes. O ideal é preparar no dia anterior.
Desenforme o pudim num prato ligeiramente fundo onde leve o pudim e a calda de caramelo. Delicie-se.